31 julho 2012

Muita parra, pouca uva

Pensei que seria mais fácil. 
Achei que a parte mais complicada já tinha sido feita: escolher um título, encontrar um template, contactar os antigos leitores, ir respondendo às solicitações de amigos da blogosfera, explicar às pessoas que tinha criado um novo blogue e pronto, já estava.
Enganei-me rendondamente: o título já me parece parvo, o template já não me atrai, deixei os leitores e amigos pendurados e lá continuo eu com a mesma vida, como se nada fosse.
Não se trata sequer de falta de inspiração para escrever, sabem? Não, é algo mais do que isso. Continuo a ter um Facebook muito activo, em que convido todos a participar, como se a minha vida fosse um jogo popular. É isso que realmente me fascina: o feedback sobre as coisas que escrevo: deleito-me com as opiniões boas e fico sob uma tensão desmesurada com as opiniões más. Mas aprecio essa dicotomia.
Ando sempre na dúvida se torno este blogue público no Facebook ou se mantenho o meu anonimato que durante tantos anos sempre desejei. E enquanto não desfaço esse novelo na minha cabeça, não escrevo. Grande erro.
Farto-me de ler blogues sobre produtividade e sobre blogar (pronto, sei que não se tem notado) e tenho visto esta ideia repetidamente: mesmo que não tenhas vontade, sê disciplinado e escreve todos os dias. A escrita melhora com os dias e exerce-se como um músculo. A minha escrita neste momento parece um balão encontrado atrás do sofá dez dias depois da festa: flácido e mole.*
Isto para dizer que não me esqueci deste espaço, não desisti da ideia de desenvolver este blogue, mas que estou a demorar um bocadinho de mais tempo do que pensei. Mas eu chego lá. :)




*Metáfora roubada à personagem da Lynette, das Donas de Casa Desesperadas, ao exemplificar como ficam as mamas de uma mulher que já foi mãe 4 vezes.  




5 comentários:

  1. e quando decidires desenvolver o blog, ainda estaremos aqui :)

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  2. Ó Maat, obrigada! Pode ser que seja desta. :)
    Beijinho.

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  3. Estamos à tua espera :) Entretanto posso enviar-te um pedido de amizade?
    Beijinho

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  4. Deixar o anonimato sem o experimentar, sem sequer lhe dar uma oportunidade, é um desperdício. :)

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Não desafinem, pode ser?